domingo, 20 de março de 2011

Vídeo Yu-Gi-Oh Trading Card Game - 2º Dia de Batalhas (13/03/2011)




Vencedor individual: o duelista Julian Pinho
Modalidade dupla: Julian Pinho e Marcelo Azevedo.

"A qualidade do video e das montagens ainda é fraco, mas estamos nos aventurando nesse universo de edição de vídeos e vamos melhorar muito ainda. Grato pela compreensão".
Lanthys.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Caravana Japan Project


A Equipe Nipo-Satsu organiza todos os anos diversas caravanas rumo a eventos no estado do Rio Grande do Sul. A primeira caravana de 2011 já esta sendo organizada pelo Lanthys (as vezes conhecido como Aldo Mesquita), desta vez em direção ao Animextreme (14 e 15 de Maio).
Informações sobre valores, transporte, datas, partida, autorizações podem ser obtidas na comunidade do orkut: "Caravanas Japan Project".
   Participe da caravana oficial.

Mais subsídios informativos no site oficial do evento: Animextreme.

terça-feira, 15 de março de 2011

Yu-Gi-Oh Trading Card Game



A equipe Nipo-Satsu realizou o segundo "Dia de Batalha - Yu-Gi-Oh Trading Card Game" no ultimo dia 13. É uma forma de movimentar os jogadores e admiradores do estilo na cidade de Bagé, e trazer a equipe para junto dos visitantes do evento durante todo o ano, exaltando um dos vários segmentos que integra as atividades nos dois dias do Japan Project. O primeiro dia de duelos  aconteceu em 11 de Fevereiro, contou com muitos participantes e  sagrou o primeiro "Ranking Oficial Japan Project de Duelistas de Yu-Gi-Oh Trading Card Game" da cidade de Bagé, ranking esse que será válido para a classificação dos desafiantes na grande final, durante os dois dias do Japan Project 2011, sagrando então, o primeiro "Duelista Campeão" do estilo na cidade de Bagé.

Idealizado pela Equipe Nipo-Satsu de Eventos, o "Dia de Batalha" é uma parceria com a Control Z Informática, que disponibiliza um espaço amplo em suas instalações para o torneio de Yu-Gi-Oh Trading Card Game.
   A primeira parceria com a empresa surgiu com a elaboração de um torneio de Magic, pouco depois a equipe,  ao perceber que o número de jogadores de Yu-Gi-Oh Trading Card Game era maior e mais atuantes na cidade, resolveu partir para um projeto com estes últimos.
Guilherme Proença, proprietário da Control Z, se diz um apoiador dos jogos sadios, seja virtual, de cartas colecionáveis (como Magic e Yu-Gi-Oh!), ou até desportivos; um exemplo é que, além de criar servidores de jogos, é apoiador do Bagé Baguals - Time de Futebol Americano da cidade. "A minha vida agora é praticamente "jogo", fora o Yu-Gi-Oh que liberamos espaço, nos criamos servidor de jogos aqui" comenta
.

Guilherme Proença

Proença fala, ainda, que o pessoal não tem oportunidade e um espaço para se encontrar para este tipo de atividade na cidade, e fica contente que pessoas de diferentes tribos, que tem preferência por diferentes jogos estejam frequentando a Control Z.: "Aqui é um  lugar saudável, família...".

Questiono sobre o preconceito que alguns nutrem por ambientes como Lan Houses's, locadoras de games, e qual é a resposta para acabar com esse pensamento que tenta igualar a todas as empresas desse ramo:
  "Temos uma relação muito boa com os pais da gurizada que vem jogar, eles vem aqui, interagem com Lan House. Aqui a gente quer formar uma família grande" enfatiza.
No final da nossa conversa expõe um dos seus objetivos para o futuro que é construir/montar um espaço permanente - no fundo da empresa, onde pode se encontrar um belo pátio - não só para ocasiões em especial.

  Control Z:

Lan House, trabalha com recarga de cartuchos, assistência técnica, aulas digitais de violão, venda de acessórios e instalação de internet via radio.

Contato:
Avenida Marechal Floriano, 1271
Fone: 3311 1609
Mais informações você também pode encontrar no blog: www.controlzinformatica.blogspot.com/


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Ranking atualizado:
2º Dia de Batalhas  Yu-Gi-Oh Trading Card Game - 13 Março 2011
Modalidades executadas:
- Torneio Individual:
- Campeão - Julian Pinho
- Torneio em Dupla:
- Campeões - Julian Pinho e Marcelo Azevedo

Ranking oficial do mês de março de 2011:
- Julian Pinho ------------------- 49 pontos
- Tasso Luz --------------------- 43 pontos
- Matheus Rodrigues ---------- 23 pontos
- Gabriel Correia --------------- 22 pontos
- Marcelo Azevedo ------------ 14 pontos
- Wellington Carvalho -------- 13 pontos
- Renan Lopes ----------------- 11 pontos
- Pedro Acuna ------------------ 11 pontos
- Maurício Centena ------------ 10 pontos
- Louis Andreus ---------------- 10 pontos
- André Vaz --------------------- 08 pontos
- Bruno Medeiros -------------- 08 pontos
- Adrion Fagundes ------------- 06 pontos
- Tiago Marques ---------------- 06 pontos
- Otávio Zulliani ---------------- 03 pontos
- Bruno Rodrigues ------------- 01 pontos
- Matheus Seixas -------------- 01 pontos
- Marcos Ferreira --------------- 01 pontos
- Flávio Júnior ------------------- 01 pontos
- Geovane Meirelles ----------- 01 pontos
- Dione Lima -------------------- 00 pontos

  Mais informações em nossa comunidade no orkut:
Torneio de Yugi-Oh
Comunidade Japan Project

Para ver as fotos oficiais:
Perfil no orkut


sábado, 12 de março de 2011

Informações Importantes:

O Itamaraty disponibilizou um e-mail para aqueles que buscam informações de amigos e parentes que residem no Japão. O Ministério das relações exteriores informou que ele esta em plantão 24 horas: comunidade@brasemb.or.jp

Disponibilizou também um serviço, de atendimento ao público, que mantem contato com a rede consular pelos telefones:

 (61) 3411 6752/6753/8804 (de 8h às 20h) e (61) 3411 6456 (de 20h às 8h e finais de semana) ou

pelo e-mail: dac@itamaraty.gov.br.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Japan project na imprensa

Diversas vezes o J.P. apareceu na imprensa bageense, pré ou pós-evento. Criaremos aqui no blog uma série só com matérias que saíram na imprensa local.
  Para iniciarmos postaremos a melhor matéria escrita sobre o Japan Project, publicada no Blog do Marcelo Fialho, jornalista que provavelmente tenha sido um dos primeiros - senão o primeiro - a utilizar a ferramenta "blog" para noticiar acontecimentos e comentar sobre a vida cultural de Bagé.

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Japan Project IV
24 e 25 de outubro de 2009
Colégio São Pedro
Bagé, Rio Grande do Sul, Brasil


O final de semana em Bagé foi marcado pela quarta edição anual do megaevento Japan Project, voltado à disseminação da cultura nipônica, especialmente em formatos como filmes, artes visuais, música, vestuário e jogos. Criado em Bagé e realizado sempre em escolas locais, o JP 2009 foi o primeiro a instalar-se no Colégio municipal São Pedro, no Bairro Getúlio Vargas.
O evento tem site oficial, onde se pode conhecer seus conceitos básicos. A página é caracterizada pelo primoroso acabamento gráfico e qualidade das imagens, uma vez que os idealizadores do evento atuam na área de informática e multimídia.
Portanto, nossa matéria, com fotos de resolução inferior, não é relato oficial do evento. É uma visão adicional, do ponto de vista leigo de quem está conhecendo o JP, e reflexiva, sobre sua significação para Bagé.
Destacaremos com posts específicos ao desenho artístico e aos shows de rock, dois temas top deste blog, mediante entrevistas e resenhas com artistas presentes.


A CHEGADA AO PORTAL MÁGICO
O JP4 aconteceu nos dias 24 e 25. Nas primeiras horas do sábado, o público limitava-se a pouco mais do que os organizadores, o que começou a mudar com o fim da intensa chuva, à tarde; e foi completamente superado no domingo, em parte pela chegada de excursão de Pelotas.
A aproximação ao recinto já sugeria imersão em um universo virtual, paralelo, onde o limite entre realidade e imaginação se torna menos claro. Imagine, logo após entrar, cruzar no corredor com figuras como essas da foto.

Zasalamiel
Vai encarar ?

Exemplos típicos da arte do costume rolerplay, como é chamada a caracterização de um personagem pelo uso de fantasia, muitas vezes fabricada pelo próprio praticante. Por trás da aparência desconcertante, porém, terráqueos comuns. Conseguimos revelar sua identidade secreta, oculta pelo codinome com que cada participante se apresenta: Zasalamiel, na realidade foi batizado como Renato Lyra, 30 anos, lavador de carros. Já Zegram é o nick de Jorge Roberto, 23 anos, auxiliar de serviços gerais. Os irmãos vieram de Porto Alegre. Renato iniciou o gosto pelos nipo-heróis assistindo Changeman na TV, e iniciou o irmão caçula na prática. Há quatro anos desenvolvem seu cosplay. “É divertido, uma coisa diferente”, é a justificativa de Jorge para o esforço em estar no evento.
Figurino exótico era lugar-comum no JP4. Da mesma forma, cenas incomuns à rotina diária: cavalheirescas lutas de espada (sem fio), ninfetas com semblante de fadinha do bem… os freqüentadores de encontros do gênero incorporaram o comportamento visto nos mesmos e o reproduzem com naturalidade aqui. Outras demonstrações: papos de fã tipo discutir qual heróii tem mais poder entre dois, ou “Qual a fraqueza do Batman, já que ele não tem superpoderes?”

MAPA DO TESOURO

A planta do JP4 pode ser resumida assim:
I. Segundo piso
Salas de aula foram adaptadas para as demais atividades, todas simultâneas.
Nesta ordem, tinha-se
Três salas de exibição, onde eram projetados por datashow, no telão, filmes legendados, com áudio no idioma japonês, com as temáticas:
Animex (a de maior público médio): animações.
Nipo Heroes: filmes seriados como Jaspion, Ultramen
Banzai (menor comparecimento de público) filmes longos de heróis mais humanos. O mais conhecido e robótico era o antológico National Kid.
- Sala de Magic Gathering, torneio do card game
- Oficina de desenho, com dois artistas
(ver página específica sobre desenhistas no JP4)

- RPG: role playing game

Troll
Edimar Realant Oliveira (Troll), esteve mestrando nesse ambiente, inclusive a suas duas irmãs, que trouxe para auxiliá-lo. Em Bagé estima que haja de 100 a 150 jogadores, pois há rotatividade – quem lhe ensinou hoje está em Santa Maria. O RPG já figurou em notícias de crimes, como assassinatos associados ao resultado do jogo, onde quem perdeu deveria morrer. Na opinião de Troll, esses casos ocorrem apenas quando acompanhados de outros fatores, como o consumo de crack, o que já teve registros em Porto Alegre.

- Guitar Hero e outros vídeo games

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O jogo da moda também atraiu um dos maiores públicos, puxado pela presença infantil, e por roqueiros que também tocam instrumentos reais.
Flagramos a galera de Pelotas “tocando” “Mr. Crowley”, do Ozzy, na espera da cotação “You Rock !” do game.
II.Térreo/Auditório: uma dezena de estandes de vendas de produtos variados: mangás, fanzines autorais, publicações-raridade de sebo, e acessórios típicos tais como tocas e tiaras com orelhas de gatinho e similares…
Eventuais shows no palco.

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O blogueiro e poeta Ézio Sauco atendeu estande de um sebo local

Na tarde do último dia, as demais atividades foram encerradas e o pico de público concentrou-se no auditório para o concurso de Cosplay, que teve três colocados entre oito concorrentes avaliados por cinco jurados. O bageense Dione levou a medalha de primeiro lugar, com seu disfarce de “Garo”, produzido por ele mesmo em papel machê.

garo
Criatura: Garo guardando os portões do JP4...
dione

BREVE HISTÓRIA E OBJETIVO

Aldo Mesquita, 34 anos, microempresário do ramo da informática, relata detalhes da origem do JP e da equipe organizadora, atualmente 22 pessoas (nenhuma de descendência nipônica) coordenadas por Aldo, Leonardo Fontes e Dione. Com o acesso a Internet, há alguns anos, Aldo reavivou o interesse que surgiu quando acompanhava seriados japoneses na extinta Rede Manchete, e conseguiu contatar parceiros para a formação de um grupo, que hoje realiza pelo menos dois encontros internos mensais, além de atividades públicas permanentes, como mini-exibições em locais como a Casa de Cultura, atraindo de 30 a 40 pessoas em média. Essa é a continuidade da proposta após os dois dias anuais do encontro JP. Mesquita é também o responsável pelo site oficial, que abusa nas cores ao gosto da cultura homenageada, o que está bem refletido no mascote Lanthalder.
aldo e leonardo
Aldo Mesquita e Leonardo Fontes na entrada dos estandes


Segundo ele, “a proposta do Japan Project é oferecer um evento diferenciado para Bagé, onde só se tinha opções gauchescas, como mateadas, e festas com bebida”. Sem fins lucrativos, o JP não cobra dos expositores o estande, nem oferece cachês aos músicos. É cobrado ingresso desde a segunda edição, pois na primeira, em que não houve e ainda se arrecadaram alimentos para filantropia, os custos saíram dos bolsos dos organizadores. A programação é inspirada em similars como Super Anime World, em Porto Alegre, ligado à Yamato; e Anime Friends, em São Paulo.
Aldo explica o que há de diferente nos heróis japoneses, a ponto de despertar tamanho fascínio: “As lições de moral que dão. São heróis humanos, como o Kamen Rider, como, em que a força vem de sua identidade secreta”. O empresário acredita que essas produções contribuem mais para a formação da criança, que os demais, onde mesmo os personagens clássicos de “bichinhos”, vivem cenas de agressão gratuita. “O respeito ao próximo e o sacrifício, muitas vezes por desconhecidos, são os valores mais transmitidos pelos nipo-heróis”, acrescenta.
O termo “nerd” é freqüentemente associado a fãs extremos de heróis televisivos, por exemplo. Aldo, porém, não se constrange com o modo como a palavra é empregada no Brasil: “No Japão, sim, é pior: chamam de ´Otaku´, mais pejorativo, que significa algo como ‘super nerd´, e a pessoa é realmente excluída. No Brasil tem um sentido mais de ‘fã´mesmo, pois hoje representa uma moda pop”. Mesquita também discorda dos que consideram “coisa de criança” o gosto pela cultura anime seja: “é uma questão de estilo”.
Curiosamente, a comunidade nipônica local comparece timidamente ao JP. Aldo percebeu pouco interesse quando convidou floricultores locais para exposição de bonsai. Em 2007, a exibição de itens como armaduras emprestados pelo Escritório Consular do Japão de Porto Alegre, também não atraiu os japoneses em Bagé. “Para eles isso tudo é comum, é como para nós, visitar uma mostra gaúcha”, opina Aldo.

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Regina e Guilherme

Uma das poucas exceções na edição de 2009 foi o casal Guilherme e Regina Sawada, encontrados circulando pelo JP. Guilherme informa que não há mais, como em outras épocas, uma sociedade japonesa formal em Bagé, devido à dispersão de seus integrantes. Mas arrisca um diagnóstico para a abstenção nipônica: “faltou divulgação em rádio e TV, mas não interesse, pois brasileiro gosta de coisas diferentes”.

EMOTIVOS

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Marilia Silveira


A presença no evento de cultivadores do visual emo, em alguns casos beirando a androginia, poderia sugerir uma aproximação entre aquela cultura e a dos cosplayers. Para Marilia Silveira, da equipe do JP, não existe essa relação, exceto “em algumas coisas no visual”. A aparência foi também a única motivação da forma com que a jovem se caracterizou para o acontecimento: “Só achei bonito”, explica, rejeitando enfaticamente o rótulo de emo.
BALANÇO
Uma rápida análise do Japan Project leva às seguintes considerações: foi um hapenning caracterizado pela riqueza cultural, seja pela diversidade de formatos de mídia envolvidos, ou pelas peculiaridades estética e comportamental. A atualidade do JP era evidenciada pela reprodução, em proporção, das características dos principais encontros da área ao redor do mundo. O evento incrementou o turismo local ao atrair visitantes de outros municípios.
Sob o rótulo de uma cultura exógena – a nipônica, havia muitos conteúdos capazes de interessar aos não-simpatizantes de valores japoneses – a exemplo da sala de jogos, oficinas de desenhos, shows e estandes.
Da mesma forma, o espaço escolhido e as diversas atividades simultâneas suportavam acolher muito mais visitantes do que receberam. Ou seja: berço de muitos murmúrios contra a falta de opções de lazer, Bagé (entendida como o conjunto de 110 mil habitantes) perdeu mais uma chance.


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Japan Project 2009: desenhistas, HQs e zines


CAPÍTULO II – DESENHISTAS NO JP4.

Estavam expondo no JP três desenhistas: Dione e Jonatas na oficina de desenho, e Camila em estande comercial.
Os dois oficineiros iniciaram juntos, em um curso oferecido na Biblioteca Pública de Bagé, por Érdio Jean e Pardal, há cerca de cinco anos. Na sala exclusiva do JP, havia painéis e cartazes seus pelas paredes. Dione instalou seu computador pessoal para animações.
Camila se disse colocada entre os expositores para facilitar a comercialização de sua produção.
Os três artistas cobravam para produzir caricaturas de visitante, em média de R$ 5,00 (P&B) a 7,00.

1. CRIATIVIDADE PREMIADA

Dione
Dione “Falco” (nome de um de seus personagens), 21 anos, viria a ser uma das consagrações ao final do JP, como primeiro lugar em Cosplay.

Autodidata, não vive de sua arte, trabalhando também como servente.
Entre suas influências, artistas como Akira Toriama e Stan Lee, e localmente, Cláudio Falcão. Prefere os personagens sem superpoderes como Batman e Capitão América, e no manga, Goku e Fly (ambos de Dragon Ball Z). Mas, acima de tudo, suas próprias criações, como Estúdio Galáxia: o Homem Elétrico, cujas aventuras se passam em Bagé; e Falco, que teve seu fanzine Número 1 lançado em outubro de 2008. Dione saiu atrás de patrocínio e imprimiu 40 cópias em xerox colorido, vendidas a R$ 3,50 cada. No flog do artista já se vê trechos da terceira edição de Falco, ainda em construção.
http://flog.clickgratis.com.br/dione
O artista trabalha com nanquim e pincel, finaliza com caneta ou pincel atômico. Também faz cartazes com têmpera. E armaduras em papel machê, como a de seu cosplay.
Revela que a parceria com Aldo Mesquita (que produz sites mas não desenha) lhe introduziu no mundo digital, incrementando seu trabalho com os programas Photoshop, Fireworks e mais recentemente Flash, para animação como uma do Homem Elétrico, que apresentou no JP, “inclusive para o prefeito de Bagé”, orgulha-se Dione.

oficina
Durante sua oficina Dione foi visitado por alunos e colegas, compartilhando dicas técnicas como o uso de caneta 0,4 mm (da Compactor, por exemplo) em lugar da Bic comum preta. (Lembrando: estamos em um universo não-profissional, freqüentado por designers de poucos recursos, mas muita criatividade e vontade)

2. ENTRE A ARTE ACADÊMICA E A DAS RUAS

Jonatas Vaz, 26 anos, é acadêmico do quinto semestre de Educação Artística, habilitação Artes Plásticas, na URCAMP. Também integra o grupo “Bagé – La Plata”, que expõe na Semana da Educação 2009.
Dionatan
Jonatas e seu mini Kamen Rider frente ao painel de pinturas

Entende que o ensino da faculdade é voltado “mais para ser professor”, equlibrando com a prática urbana, pois vive de seu trabalho como free lancer: pintura de letras e grafite, em locais como casas noturnas, em parceria com Léo Rodrigues Filho. Batizou seu estúdio como JMV Produções Artísticas.

http://jmvart.blogspot.com/
Para ele HQ é apenas influência, não lançou algumas páginas que produziu, e prefere o formato de portfólio, cartaz grande e capa, que produz com têmpera e tinta de tecido. Também faz escultura de massa epoxi, de miniaturas de heróis.
Jonatas se considera renascentista, admirador de Da Vinci e Michelangelo: “Na época deles, não havia a técnica que se tem hoje, e tinham que inventar; o que tornava muito mais difícil”.
No desenho contemporâneo, cita Bruce Timm, Mike Deodato, Frank Miller, Mozart Couto, Akima Toriama.
Não trabalha com softwares gráficos, utilizando o computador apenas para pesquisa na internet.

caricatura
Caricatura: Pablo Moreira Prestes (Seyharo), comerciário, coleciona retratos seus pelos eventos em que esteve. Apreciou o novo, feito na oficina: “Valorizo mais o estilo do traço, porque semelhança total mesmo só em fotos”.

3. CAMILA, UMA RAPOSA VITORIANA

Talento exportado Bagé-Pel
Arsênia

Camila Rosa, 21 anos, é uma bageense radicada em Pelotas que mantém a produção de fanzines iniciada aqui: While in Dark, de 2000; e Cameo, sua menina dos olhos, da qual está lançando no JP o primeiro volume de uma trilogia.

Caracterizada como sua personagem Arsene, a desenhista define-se como “uma dândi mais européia que nipônica”, devido à aristocrática influência, em sua obra, do estilo vitoriano, posterior ao gótico, e que data da Revolução Industrial, tendo referenciais em filmes como O Grande Truque, O Ilusionista e Entrevista Com O Vampiro.
Sob o pseudônimo de Seven Fox (Raposa Sete), que também batizou seu estande, Camila se considera também uma artista “tradicional”, mostrando resíduos de nanquim nas unhas, no sentido de que faz pouco uso de softwares como os vetoriais do Corel Draw.
Sua técnica favorita é baseada em lápis de cor, uma vez que não suporta sequer o cheiro da tinta a óleo.
A autodidata revela que iniciou com a revista “Aprenda a Desenhar Mangá” de Denise Akimi, e recorreu ao “mestre” Carlo Andrei Rossal para aprender sombreamento. Seu autor favorito é o brasileiro Ulisses Péres
Em Pelotas, onde este tipo de arte ainda é “underground” em sua visão, integrou-se ao grupo que se reúne semanalmente no IAD (Instituto de Artes e Design) e publica o blogue http://guildadedesenhistas.blogspot.com/. Se ela está “entre mangaká e realismo”, os colegas optam por mangaká ou cartun. Free lancer, a artista divulga seus trabalhos pela Internet. Atualmente, articula um projeto para uma revista infantil em Portugal. Um de seus maiores orgulhos, porém, é ter entregue a seu “muso” Nico Nicolaievsky (Tangos e Tragédias) um retrato do ator, desenhado por ela, que ele teria fixado em cima de seu piano, na parede.

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Japan Project 2009: Rock !

CAPÍTULO III – ROCK AND ROLL NO JP4.

Durante o desenvolvimento do JP, o palco foi tomado por quatro shows musicais e alguns improvisos.
O caráter cultural do evento concedeu aos artistas parceiros a liberalidade de um repertório sem concessões. As duas primeiras convidadas só mostraram músicas próprias. A variedade de estilos também foi grande, variando entre neogrunge, punk, experimental e acústico.
Houve expositor protestando contra a interferência do ruído dos roqueiros, no atendimento dos estandes, localizados na outra extremidade do mesmo auditório.

BRUNO CARAVACA E FELIPE ROSA
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O show mais característico do evento, e aproximado ao J-Rock (japanese rock), pelo repertório exclusivo de trilhas de anime e seriados. A apresentação encerrou em grande estilo o evento, porém, devido ao anúncio, pouco antes, dos resultados do concurso de cosplay, teve a audiência reduzida pela dispersão de parte do maior público reunido em todo o evento. Bruno, atração no JP 2008 com banda completa, agora fez-se acompanhar pelo escudeiro armado de uma bela guitarra acústica. A dupla adicionou caráter artístico aos temas, ao demonstrá-los com arranjos delicados, e interpretação intimista. O esmero em montar um set temático, teve repercussão certeira nos aficcionados, que cantaram junto as canções japonesas, e principalmente, a versão em português do tema de abertura de Dragonball Z.

THE VERMES & “THE JAM”


PIC00012edCom a retirada do The Vermes, foram formadas bandas incidentais. Primeiro, o cantor da Lactário Ruivo se uniu a amigos para uma “Born To Be Wild” macarrônica, sendo substituído pelo guitarrista para uma do Beck, e em seguida, da “Paranoid”, a introdução foi o máximo que a banda conseguiu. A seguir, mais gente invade o palco para uma canção. E, finalmente, visitantes de Pelotas que têm sua banda e estavam direto no Guitar Hero, apresentam algumas músicas, entre as quais uma versão em português de “Pet Sematary”.

TWIN CITIES

twin
No dia anterior, outro presente da programação: Twin Cities, uma banda em franca ascensão, construindo uma postura profissional em todas as áreas, a saber:
Estúdio: de malas prontas para o Complexo Master/POA (show em 11 de novembro), grava o primeiro álbum, após ter disponibilizado na net o EP de estréia “Five Days Off”, de seis faixas.
Composição: afasta sotaques, equilibrando extratos da Seattle dos 90 com outras influências, vide melancolia da Manchester pós-punk presente em “Stranger Eyes”, uma das canções recriada recentemente, em relação às demos originais
Auto-marketing: reformulou estrategicamente o leiaute de seus perfis nas vitrines virtuais – blogue próprio, myspace, twitter, lastfm, etc.
Palco: repertório autoral vasto o bastante para show de mais de hora sem apelar a covers. O guitarrista Giuliano, recentemente adicionado, já está submetido a um intensivo dos ensaios freqüentes para entrosamento.
Com essa conduta batalhadora, a TC saltou da fase garagem inicial para a etapa do primeiro álbum, a espera do reconhecimento. Por isso, pode-se ter presenciado um show histórico, flagrando o grupo momentos antes da projeção que tende a ganhar com o lançamento do disco, se mantiver seu ritmo de trabalho.

LACTÁRIO RUIVO

mauricio
A primeira banda a se apresentar não economizou na criatividade. No momento de seu show, o áudio do microfone estava péssimo; mais tarde corrigido pela sonorização profissional. Trata-se de um trio de média etária bastante jovem. O gosto pelo experimentalismo de um Pink Floyd das antigas ficou bem claro nas composições, executadas emendadas como se formassem uma grande suíte. Vocalizações soturnas davam lugar sem aviso a trechos suingados ou cadenciados em blues. A ausência de teclas na formação de rock básico (baixo-guitarra-bateria) foi preenchida por efeitos noisy na guitarra. Enquanto o baterista destroçava as caixas, o baixista parecia viajar na psicodelia, tocando distante dos colegas, na beirada do palco.
  
PIC00010ed Um show do punk rock autêntico, não o do Green Day. Os caras se emocionam com os clichês da estética como o logo de “anarquia”, camisetas cuidadosamente mal-impressas… Em alguns momentos, o segundo guitarrista assumia o lead vocal, a exemplo do que a Plebe Rude faz. Claro que os pontos altos foram covers como a inevitável “Blitzkrieg Bop”, “Polícia”, e principalmente “Papai Noel Filho da Puta” (Garotos Podres), lembrando que a censura acabou, sem necessidade de apelar à versão que substitui o “elogioso” adjetivo por
”velho batuta”. O hardcore chegou a incitar uma pogação tímida entre o público. Se o visual pálido e psicodélico de algumas pessoas no evento, já tinha me enviado ao fim dos anos 70 ao remeter à Siouxsie Sioux dos Banshees ingleses, agora essa banda me fez visitar o próprio CBGB americano… E a atitude da banda incluiu tocar sem baixo (estando o titular do instrumento lesionado, na platéia) e com duas guitarras, “formação” que seria seguido numa jam que houve a seguir.

 Marcelo Fialho.

A cultura do Blog

Ézio Sauco
Estudante
eziosauco@gmail.com.


Criado com intuito de resgatar de forma atual o velho habito de escrever no diário, o Blog logo se tornou o estopim da descentralização da informação e do entretenimento, tendo desde o início uma grande adesão de jovens e jornalistas, estes últimos permanecendo até os dias de hoje com grande representatividade na blogosfera. Já os jovens deixaram de lado o diário virtual por sites de relacionamento, que proporcionam uma maior interatividade entre os membros. A herança de toda essa atividade virtual foi à grande emigração - por grande parte das novas gerações – da pesquisa bibliográfica para a pesquisa, quase exclusiva, via internet.
Contudo os blogs cada fez mais se profissionalizam, buscando fontes, novas informações, curiosidades e propagando ideias, pois estes sites possuem uma abrangência de nível mundial. Muitos blogueiros, nome dado a quem escreve os artigos, ainda optam por abordar temas peculiares a sua região de origem, além de resgatar histórias e notícias do folclore local.
Em Bagé, cidade tão rica em história, notícias, com um folclore gigantesco e terra de grandes jornalistas, os profissionais e os jovens nunca se adaptaram de forma informativa a está ferramenta já não muito nova, os poucos que dela usufruíram permaneceram tão somente nos caminhos da divulgação de seus próprios pensamentos, voltando-se apenas para a função jornalística há muito pouco tempo. Não sabem estes jovens, jornalistas, professores ou não, que estão compartilhando e colaborando para educação de centenas de milhares de adolescentes e adultos que procuram referências sobre nossa cidade e nosso cenário cultural.
Aos que não crêem uma rápida pesquisa no número de visitantes em páginas que mencionem pessoas e fatos marcantes da nossa cidade, pode confirmar. Como os subsídios informativos na rede mundial de computadores são escassos, blogs como o da turma de 1976 do Colégio Auxiliadora, do poeta Manoel Ianzer (Bagé além da fronteira), Blog de Edson Larronda e o Blog dos ex-alunos da escola Carlos Kluwe (Velha Guarda Carlos Kluwe), são constantemente visitados por pessoas do mundo inteiro, algumas a procura de informações e a título de conhecimentos, outras bageenses e familiares tentando aliviar a saudade e enriquecer o filão da memória.
Vemos, só então, que nos e o mundo queremos ainda mais, restabelecer fortemente os laços com o “controvertido e largo território da sensibilidade”.


[1]Texto escrito no início de 2010. Hoje a situação está diferente na região. Este texto foi aqui publicado para você conhecer um pouco mais sobre nossa cidade.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Sobre o Japan Project:

Japan Project é um evento que homenageia anualmente a cultura pop japonesa de uma maneira que vem sendo difundida pelo território brasileiro; unindo elementos das duas culturas - tupiniquim e nipônica - para melhor entendermos a essência de nossas expressões e manifestações em ambientes em que a vida real dá lugar ao nosso imaginário, adentramos assim no mundo dos nossos heróis, ídolos sem ter que atravessar o globo e temer o nosso amado "desconhecido" Japão.

Da primeira Sala de Exibição de Tokusatsu do RS a formação da Equipe Nipo-Satsu.

Foi conversando com um amigo de Porto Alegre que Aldo Mesquita, o Lanthys, cogitou a hipótese de montar  uma sala de exibição de Tokusatsu em um evento da capital riograndense. Depois de alguns contatos com organizadores, os dois amigos encontraram uma oportunidade para Outubro daquele ano (2005), em Canoas. Para ajudá-los na sala e no cronograma, ambos convidaram amigos que mantinham a mesma admiração pelo tokusatsu, Leandro Camargo (RedTurbo) e Bruno Seidel. Seguiram-se então viagens a Canoas para provar a boa qualidade do material a ser exibido. Então no dia 08 e 09 daquele ano a primeira sala de exibição de tokusatsu do sul do Brasil abriu as portas. A "sala tokusatsu" foi um sucesso nos dois dias do evento e dessa experiência novas ideias surgiram para Camargo e Mesquita.
Uma segunda sala foi planejada pelos quatro amigos, no entanto devido as ideias conflitantes criou-se dois grupos, a organização do evento, tendo em vista o sucesso que foi a sala anterior, permitiu que duas salas de exibição de tokusatsu fossem criadas para os dias 08 e 09 de Abril de 2006. Surgia então a "Sala de exibição de vídeos Nipo-Satsu", resultado da fusão de dois nomes, NIPO Heroes HP, site do Lanthys e Hero SATSU, site do amigo RedTurbo e assim se formava o nome que seria levado em frente até os dias de hoje.
 No final do evento notou-se que as salas de tokusatsu não haviam feito o mesmo sucesso, por alguns motivos que depois foram avaliados, com isso os amigos resolveram realizar um evento em Bagé. Se formou então a equipe Nipo-Satsu de Eventos, composta por quatro pessoas (Leandro Camargo, Josué de Moraes, Leonardo Fontes e Aldo Mesquita), algum material e muita disposição para realizar o evento que inovou o entretenimento na região.


A primeira Equipe Nipo-Satsu.

As dificuldades começaram já no início, pos  RedTurbo morava em Gramado, Leonardo em Santa Maria e Josué cumpria expediente em seu serviço. A organização se deu da seguinte forma: RedTurbo ficou encarregado do cronograma, DVD´s, horários e cuidados da Sala Nipo Heroes; Leonardo se encarregou da Sala AnimEx, da reportagem do evento e de contatos em Santa Maria, enquanto  Josué fez a apresentação da equipe para o então presidente da UBES (União Bageense dos Estudantes Secundaristas), Tiago Salazart .
Após a realização da primeira edição do Japan Project, dois integrantes deixaram a equipe: Josué desligou-se da equipe e Camargo foi morar em Fortaleza. A missão de dar continuidade ao J.P. ficou nas mãos de Mesquita e Fontes.

 A equipe hoje:

 Hoje a equipe conta com 18 integrantes, fora seu quadro de amigos e incentivadores. O único remanescente da fundação é Mesquita, que com Henri Gonçalves (que entrou para equipe em 2007), são hoje os integrantes mais velhos.



quarta-feira, 9 de março de 2011

Introdução:



Com objetivo de integrar e trazer a conhecimento de todos as várias atividades que se realizam nos dois dias – planejadas no decorrer do ano - do Japan Project, a Equipe Nipo-Satsu cria o seu próprio Blog. Um canal que nos mostrará as expressões de um evento que é construído com idéias diversas, almas muitas vezes antônimas que reúnem-se durante um ano em prol da cultura pop japonesa.  As diferenças talvez sejam o que torne o evento dinâmico, produtor de boas relações em um quadro que envolve trabalho, dedicação e diversão.

Que este espaço sirva para nôs conhecermos, aprendermos a respeitar as diferenças, a valorizar as manifestações culturais, reconhecer e corrigir erros, mas, principalmente, que sirva para que o Japan Project esteja em constante evolução, sem esquecer nosso alicerce: a cultura japonesa.
Que possamos sempre olhar o mundo com novas perspectivas, deixando os velhos preconceitos no passado.